HISTÓRIA DA TERRA
Fósseis: registro geológico da história da vida da Terra
Ismar de Souza Carvalho1
Expectativa, perplexidade e êxtase. Estas são as principais sensações de todo paleontólogo com seus objetos de estudo – os fósseis. Expectativa pela descoberta do novo, do revolucionário, das evidências e de tudo aquilo que leva à transformação das idéias, dos conceitos, e que possibilita a formulação de novas hipóteses. Perplexidade, pela total surpresa com o achado inesperado e inédito ou, então, por nenhuma nova descoberta. E êxtase, pela percepção e pela compreensão de outros mundos, de outros tempos e da busca incansável pelo significado da existência. Sensações sempre renovadas a cada novo fóssil encontrado.
A Paleontologia, ciência dedicada ao estudo dos diferentes organismos que habitaram a Terra no transcorrer do tempo geológico, mostra-se como uma área de conhecimento diversificada e com diferentes interfaces com outras ciências. Envolve assim, conhecimentos advindos da Biologia, Geociências, Física, Química e Matemática que, conjugadas, possibilitam uma compreensão integrada dos eventos e fenômenos que possibilitaram as transformações ambientais e da biota durante a história geológica de nosso planeta.
Os fósseis
Os fósseis registram organismos ou partes de organismos que viveram em épocas geológicas passadas. Podem corresponder a restos, os quais consistem geralmente da parte dura dos organismos, como, por exemplo, conchas, ossos, dentes, ou mesmo as partes moles, preservadas em condições excepcionais, nas quais a pele, os músculos, os vasos sanguíneos também são preservadas. Um fóssil é o registro de um antigo elemento da biosfera, o qual passou a se integrar à litosfera.
Há vários mecanismos de preservação das partes duras, que são, geralmente, partes biomineralizadas dos organismos – como as conchas dos moluscos, carapaças dos equinóides ou os ossos dos vertebrados – sendo os principais: a incrustação, a permineralização, a recristalização, a substituição e incarbonização. Já as partes moles podem ser preservadas por processos de mumificação (geralmente associado à desidratação), de congelamento e de aprisionamento em resinas vegetais (que, quando fossilizadas, são designadas como âmbar).
Todavia, tanto as partes moles quanto às partes duras devem ter um rápido processo de soterramento, estarem sujeitas à baixa ação de bactérias e, preferencialmente, o ambiente deve ter condições anaeróbicas.
Os icnofósseis
Os icnofósseis compreendem outro tipo de registro da existência dos organismos na história geológica da Terra. Representam o documentário da atividade fisiológica de animais e plantas, tais como as pegadas, fezes (coprólitos), ninhos, marcas de raízes, ou qualquer outro tipo de registro deixado quando o animal ainda se encontrava em vida. Como exemplo de icnofósseis, podemos citar as pegadas de dinossauros, as quais foram produzidas quando estes animais, ainda vivos, deslocavam-se sobre a superfície de nosso planeta. Porém, quando morreram, seus ossos, se preservados, serão considerados como fósseis.
Documentário Paleontológico (1)
Desde o surgimento da vida na Terra, as adaptações, transformações e inovações demonstradas pelos organismos evidenciam-nos fenômenos e uma temporalidade que em muito transcende a dimensão da existência humana. São diversos grupos que existiram nos últimos 3,8 bilhões de anis, compreendendo uma ampla variedade de bactérias, fungos, protozoários, animais e vegetais.A Paleontologia tem, assim, uma grande multiplicidade de elementos paleobiólogicos para o entendimento da origem e da evolução da vida na Terra. Estes podem ser de natureza microscópica, como é o caso dos polens, esporos e microfósseis (foraminíferos, radiolários, nanofósseis, diatomáceas, ostracodes), ou macroscópica, que engloba fósseis de invertebrados, vertebrados e vegetais.
Fósseis: registro geológico da história da vida da Terra
Ismar de Souza Carvalho1
Expectativa, perplexidade e êxtase. Estas são as principais sensações de todo paleontólogo com seus objetos de estudo – os fósseis. Expectativa pela descoberta do novo, do revolucionário, das evidências e de tudo aquilo que leva à transformação das idéias, dos conceitos, e que possibilita a formulação de novas hipóteses. Perplexidade, pela total surpresa com o achado inesperado e inédito ou, então, por nenhuma nova descoberta. E êxtase, pela percepção e pela compreensão de outros mundos, de outros tempos e da busca incansável pelo significado da existência. Sensações sempre renovadas a cada novo fóssil encontrado.
A Paleontologia, ciência dedicada ao estudo dos diferentes organismos que habitaram a Terra no transcorrer do tempo geológico, mostra-se como uma área de conhecimento diversificada e com diferentes interfaces com outras ciências. Envolve assim, conhecimentos advindos da Biologia, Geociências, Física, Química e Matemática que, conjugadas, possibilitam uma compreensão integrada dos eventos e fenômenos que possibilitaram as transformações ambientais e da biota durante a história geológica de nosso planeta.
Os fósseis
Os fósseis registram organismos ou partes de organismos que viveram em épocas geológicas passadas. Podem corresponder a restos, os quais consistem geralmente da parte dura dos organismos, como, por exemplo, conchas, ossos, dentes, ou mesmo as partes moles, preservadas em condições excepcionais, nas quais a pele, os músculos, os vasos sanguíneos também são preservadas. Um fóssil é o registro de um antigo elemento da biosfera, o qual passou a se integrar à litosfera.
Há vários mecanismos de preservação das partes duras, que são, geralmente, partes biomineralizadas dos organismos – como as conchas dos moluscos, carapaças dos equinóides ou os ossos dos vertebrados – sendo os principais: a incrustação, a permineralização, a recristalização, a substituição e incarbonização. Já as partes moles podem ser preservadas por processos de mumificação (geralmente associado à desidratação), de congelamento e de aprisionamento em resinas vegetais (que, quando fossilizadas, são designadas como âmbar).
Todavia, tanto as partes moles quanto às partes duras devem ter um rápido processo de soterramento, estarem sujeitas à baixa ação de bactérias e, preferencialmente, o ambiente deve ter condições anaeróbicas.
Os icnofósseis
Os icnofósseis compreendem outro tipo de registro da existência dos organismos na história geológica da Terra. Representam o documentário da atividade fisiológica de animais e plantas, tais como as pegadas, fezes (coprólitos), ninhos, marcas de raízes, ou qualquer outro tipo de registro deixado quando o animal ainda se encontrava em vida. Como exemplo de icnofósseis, podemos citar as pegadas de dinossauros, as quais foram produzidas quando estes animais, ainda vivos, deslocavam-se sobre a superfície de nosso planeta. Porém, quando morreram, seus ossos, se preservados, serão considerados como fósseis.
Documentário Paleontológico (1)
Desde o surgimento da vida na Terra, as adaptações, transformações e inovações demonstradas pelos organismos evidenciam-nos fenômenos e uma temporalidade que em muito transcende a dimensão da existência humana. São diversos grupos que existiram nos últimos 3,8 bilhões de anis, compreendendo uma ampla variedade de bactérias, fungos, protozoários, animais e vegetais.A Paleontologia tem, assim, uma grande multiplicidade de elementos paleobiólogicos para o entendimento da origem e da evolução da vida na Terra. Estes podem ser de natureza microscópica, como é o caso dos polens, esporos e microfósseis (foraminíferos, radiolários, nanofósseis, diatomáceas, ostracodes), ou macroscópica, que engloba fósseis de invertebrados, vertebrados e vegetais.
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